JM Cunha Santos
Ao registrar a passagem do Dia Internacional dos Direitos Humanos, (10 de dezembro), instituído pela ONU em 1948, a deputada Eliziane Gama externou sua preocupação com o fato de que 30% da população maranhense, mais de 2 milhões de pessoas, viva em situação de extrema pobreza, sobrevivendo com 70 reais per capta. 300 mil destas pessoas residiriam na ilha de São Luís.
Essa condição sub-humana, segundo a parlamentar, é reforçada pela falta de uma legislação que resolva a questão da falta de acessibilidade às pessoas com deficiências físicas. Ela registrou que as delegacias do Idoso não são suficientes para atender a demanda e que 50% das mulheres maranhense sofrem algum tipo de violência.
Mais grave: por falta de combate à grilagem, Eliziane Gama denuncia que 80 pessoas, na grande maioria líderes de movimentos sociais, estão marcadas para morrer e que o Programa de Proteção à Violência não tem estrutura para garantir essa proteção. De 4 a 5 milhões de maranhenses não tem acesso direto à Justiça e a Defensoria Pública não possui estrutura para atender tamanho contingente.
São dados irrefutáveis, que não escondem a insegurança e abandono das populações à própria sorte. A pobreza extrema dos maranhenses foi construída em 50 anos de dominação de Sarney e, conforme conclusões do serviço de inteligência, as ameaças de morte que se abatiam sobre líderes de movimentos sociais e o delegado Sebastião Uchoa, alcançam também os delegados Joviano Salgado, Regina França Barros, e Pedro Cristiano Menezes Silva. (Jornal Pequeno, 13, terça-feira)
Para o deputado Raimundo Cutrim essa situação revela a fragilidade do Sistema Estadual de Segurança. Esses delegados investigam casos de grilagem e homicídios na área do Araçagi.
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