JM Cunha Santos
Se considerados céticos ou pessimistas, devemos responder com argumentos lógicos. 2012, apesar dos 400 anos de São Luís, provavelmente será um ano infernal da política maranhense. A CPI protagonizada pelo deputado Roberto Costa, por exemplo, não terá como evitar que prefeitos aliados do Governo sejam citados, acusados, devassados como beneficiários de corrupção. É de se prever, ainda, que o lamaçal remexido chegue até pessoas bem situadas no pântano político do Palácio dos Leões.
O lançamento, ontem, 2011, da candidatura de Washington Oliveira a prefeito de São Luís vai estilhaçar ainda mais o Partido dos Trabalhadores e colocar os ptsarneisistas em confronto direto com as forças do PMDB e do PSD de Max Barros e Roseana Sarney. Diante dessas duas cisões, as fendas no Governo do Estado vão se abrir ainda mais para que a oposição discurse seu discurso de incompetência e corrupção governamental. A CPI, mesmo a contragosto e sem investigações, elucidará quem foi o real beneficiário de todos os convênios seqüestrados, firmados entre o ex-governador Jackson Lago e as prefeituras do Maranhão. A candidatura de Washington vai aumentar a virulência das contestações contra a presença do PT na base aliada de Roseana Sarney.
De par com esses despropósitos estarão os ânimos alterados das disputas eleitorais nos municípios, carregando as armas de gregos e troianos. A mudança no calendário eleitoral da Assembléia Legislativa, visando à reeleição do presidente Arnaldo Melo, também deve intensificar os conflitos de interesses entre os políticos.
No ano de 2012, a paz desejada e os 400 anos de São Luís não bastarão para evitar guerras políticas cruéis e inesperadas. Vamos esperar que, entre mortos e feridos, salve-se o Maranhão.
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