terça-feira, 3 de janeiro de 2012

2012: guerra política

JM Cunha Santos

Se considerados céticos ou pessimistas, devemos responder com argumentos lógicos. 2012, apesar dos 400 anos de São Luís, provavelmente será um ano infernal da política maranhense. A CPI protagonizada pelo deputado Roberto Costa, por exemplo, não terá como evitar que prefeitos aliados do Governo sejam citados, acusados, devassados como beneficiários de corrupção. É de se prever, ainda, que o lamaçal remexido chegue até pessoas bem situadas no pântano político do Palácio dos Leões.

O lançamento, ontem, 2011, da candidatura de Washington Oliveira a prefeito de São Luís vai estilhaçar ainda mais o Partido dos Trabalhadores e colocar os ptsarneisistas em confronto direto com as forças do PMDB e do PSD de Max Barros e Roseana Sarney. Diante dessas duas cisões, as fendas no Governo do Estado vão se abrir ainda mais para que a oposição discurse seu discurso de incompetência e corrupção governamental. A CPI, mesmo a contragosto e sem investigações, elucidará quem foi o real beneficiário de todos os convênios seqüestrados, firmados entre o ex-governador Jackson Lago e as prefeituras do Maranhão. A candidatura de Washington vai aumentar a virulência das contestações contra a presença do PT na base aliada de Roseana Sarney.

De par com esses despropósitos estarão os ânimos alterados das disputas eleitorais nos municípios, carregando as armas de gregos e troianos. A mudança no calendário eleitoral da Assembléia Legislativa, visando à reeleição do presidente Arnaldo Melo, também deve intensificar os conflitos de interesses entre os políticos.

No ano de 2012, a paz desejada e os 400 anos de São Luís não bastarão para evitar guerras políticas cruéis e inesperadas. Vamos esperar que, entre mortos e feridos, salve-se o Maranhão.

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