JM Cunha Santos
De forma recorrente temos alertado sobre a presença cada vez mais vulgar de pistoleiros no Maranhão e de como ela estimula a violência alugada na disputa por espaços, terra, postos e, também, as disputas políticas. Só não lê quem não quer, só não ouve quem é mouco, só não percebe quem se sente melhor jogando o lixo para debaixo do tapete.
Quilombolas e lideranças rurais foram assassinados, crimes de encomenda estão ceifando as vidas de prefeitos, juízes e promotores se sentem ameaçados e trabalham cercados da proteção policial, listas de pessoas marcadas para morrer passam de mão em mão, mas até o momento não há sinal de uma única medida preventiva para expulsar esses abutres do Estado.
Não vamos mais explicar quais são os atrativos desses homens sem alma no Maranhão, mas é preciso exigir da Secretaria de Segurança Pública, principalmente dos serviços de inteligência, que identifiquem quem são esses malfeitores, a folha corrida de crimes de cada um deles e os enfiem na cadeia ou afastem definitivamente do Maranhão.
O último episódio noticiado pela imprensa mostra, claramente, como a presença de pistoleiros estimula o crime. O Tribunal de Justiça acaba de afastar de suas serventias tabeliães suspeitos de mandar matar uma juíza. A tendência de resolver conflitos pessoais, políticos e econômicos, a bala faz parte do histórico desse Estado. Mas esperava-se que ela estivesse enterrada nos socavões do coronelismo substituído pela democracia.
É aquele conto poético: “na primeira noite eles tiram uma flor do nosso jardim”... O que farão nas últimas noites nem será mais da nossa conta, pois se juízes estão ameaçados por crimes de encomenda, se lideranças rurais e prefeitos já foram mortos, é hora de chamar as autoridades para evitar que essa praga se espalhe a ponto de não haver mais solução.
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