JM Cunha Santos
Vivi várias fases do jornalismo no Maranhão. Vim do linotipo, do jornal que não podia ser colocado próximo de roupas brancas, porque a graxa da Galáxia de Gutemberg manchava as cores e a falta delas. Mas eram manchas físicas. Vim do jornalismo romântico, sem Faculdade, sem técnica ou ciência, exercido por aqueles que tinham o “dom” de escrever e enfrentavam o poder, por mais arbitrário e violento que fosse.
Vivi várias fases do jornalismo no Maranhão. Vim do linotipo, do jornal que não podia ser colocado próximo de roupas brancas, porque a graxa da Galáxia de Gutemberg manchava as cores e a falta delas. Mas eram manchas físicas. Vim do jornalismo romântico, sem Faculdade, sem técnica ou ciência, exercido por aqueles que tinham o “dom” de escrever e enfrentavam o poder, por mais arbitrário e violento que fosse.
Vivi o jornalismo das palavras duras, dos coronéis fazendo engolir jornal, de jornalistas sendo mortos pelo simples exercício da notícia verdadeira. Vivi o jornalismo que enfrentou a ditadura militar, dos censores dentro das redações, das palavras e expressões capadas até se tornarem ilegíveis e sem sentido, das redações atacadas e do silêncio imposto pela censura, o ferrolho na boca, o total cerceamento da liberdade de expressão.
Mas não esperava viver o que estou vivendo no jornalismo do Maranhão hoje. A internet está transformando essa profissão, aqui, no território livre do assédio moral, da livre prática do crime de extorsão, do “paga ou eu publico” do “paga e eu retiro”. Lamento, lamento profundamente, jornalistas se organizando politicamente para tomar cargos dos colegas, fabricando notícias falsas, ameaçando destruir a imagem de homens públicos com o objetivo porco da compensação financeira. É triste.
A mulher de um homem, - e isso é fulminante para a alma nordestina - sua família, seus filhos, mãe, seja ele um colega de profissão, ou até o governador do Estado, não é mais respeitada, num vale-tudo por trás do qual estão os interesses mais repugnantes. E isso pode ser tudo, menos jornalismo, menos liberdade de expressão. E, por causa disso, jornalistas estão querendo se matar. É nojento. E isso eu não tinha visto ainda.
Lamento muito, pelo o que querem transformar a imprensa política do Maranhão. E nem precisam mais se esforçar tanto para me derrubar da Presidência do Comitê de Imprensa da Assembléia. Eu já caí.
Cunha, eu também lamento pelas merdas que muitos jornalistas escrevem e a imprensa publica aqui na nossa ilha. Realmente é lamentavel,mas não se apoquente meu amigo, vamos nos encontrar e fumar um baseado pra esquecer essas coisas, tá bom?
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