JM Cunha Santos
Passados 30 dias do assassinato do jornalista Décio Sá, repórter político do jornal “O Estado do Maranhão”, homem muito próximo ao poder, não temos notícias concretas sobre seus executores e mandantes. Sabemos apenas que as investigações foram prorrogadas e que se mantêm, no âmbito da Secretaria de Segurança, sigilo absoluto em torno dessas investigações.
Considerando-se que todo sigilo absoluto é, no mínimo, inconsistente, resta-nos apenas lamentar o brutal e cruel assassinato de um homem de imprensa, sem muita esperança de que ele seja solucionado com a rapidez que gostaríamos. As diversas linhas de investigação apontam, entretanto, para mais um terrível crime de encomenda perpetrado em território maranhense. E isso parecia ser coisa de um passado que preferimos enterrar.
No Blog do Décio, conversam os analistas, podem estar as respostas que a polícia procura, mas enquanto não se elucida o crime, a imprensa se veste de tristeza e pavor porque também redescobre que pode estar na mira de assassinos. Quem mandou matar Décio? É a pergunta que se fazem todos a cada encontro nos corredores do poder e que fica no ar, sem respostas, em meio às mais variadas teorias, algumas delas estapafúrdias ou desconexas enquanto o tempo escorre inexorável amassando nossas ilusões de Justiça.
Mas há uma força-tarefa composta por seis delegados que investigam o caso e precisamos crer que cumprirá sua missão. O mal não pode vencer tão facilmente e a perversão humana não pode ficar impune. Se assim for, o melhor é que convoquemos todos para uma missa de trigésimo dia em sufrágio da alma de Deus.
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