Editorial JP, 27 de fevereiro
No
ritmo em que o governo Roseana Sarney faz empréstimos bilionários, o Maranhão
não apenas estará inviabilizado administrativamente em futuro muito próximo; o
Estado corre o risco de ser confiscado. A conta se tornou impagável. Chegou a
R$ 7 bilhões. E disse o deputado Rubens Júnior que se trata de um ato “imoral e
covarde”. É tanto dinheiro que dava para distribuir R$ 1.000,00 para cada
maranhense vivo e ainda ia sobrar.
Não
bastasse o fato de que o governo simplesmente não presta contas do que faz com
tanto dinheiro, a dívida que contrai parece destinar-se a empastelar o Estado
economicamente. Para sempre. Não há notícias em outros estados,
proporcionalmente, de uma dívida tão corrosiva, tão alta, tão constante como
essa, nem mesmo em uma megalópole do tamanho de São Paulo. O governo pretende e
está conseguindo inviabilizar economicamente o Maranhão.
É
como se o governo temesse ou tivesse certeza de que a cassação de Roseana
Sarney virá mais dias menos dias. É como se soubesse que nunca mais vai ganhar
uma eleição. Mas isso é o de menos. O problema maior será a paralisia de todos
os investimentos sociais e em infra-estrutura em muito pouco tempo. Mostra
também que o governo não tem nenhuma intenção de combater a pobreza, como tem
alardeado, pois ninguém combate pobreza com endividamento.
É
provável que até o final dessa ciranda de endividamento cada maranhense deva
mais do que pode ganhar em um ano inteiro ou durante todo o mandato de um
governador. Essa dívida é o maior ato de irresponsabilidade da história do
Maranhão. É, como classificou o deputado Marcelo Tavares, um atentado contra a
população maranhense. Vamos pagar isso com fome, desemprego, alienação, analfabetismo,
criminalidade, violência, falta de educação e de perspectiva de futuro.
Se
algum remédio jurídico houver para que se evite tamanha insanidade, devem os
maranhenses buscar a Justiça antes que o Maranhão não lhes pertença mais e se
torne apenas um depósito em garantia da sobrevivência eterna dos Sarney no
poder. Na semana passada 4 bilhões de reais em empréstimos parcelados estavam
postos na mesa de negociação do BNDES e já esta semana mais R$ 1,5 bilhão devem
cair nos cofres do Estado.
Pior
é que, conforme a oposição na Assembléia, o governo sequer explica a que se
destina tanto dinheiro e menos ainda presta contas do que faz com ele. E o
deputado Roberto Costa ainda foi para a tribuna reclamar de um empréstimo de R$
14 milhões feito no governo Jackson Lago e dizer que a oposição está tendo
ataques de histeria com a candidatura de Luís Fernando. Mas certamente ele sabe
que é o povo e não Luis Fernando Silva quem vai pagar por esse endividamento
que durante décadas há de sufocar o Maranhão.
MEU PREZADO CUNHA SANTOS,
ResponderExcluirSEM DINHEIRO NÃO SE VAI A LUGAR NENHUM.
Tem toda razão, anônimo.
ResponderExcluir