Os
caça-buracos
Percorrem
quilômetros, gastam horrores em combustível, desviam-se das avenidas
asfaltadas, passam direto pelas ruas recuperadas, fogem do asfalto e da
pavimentação como o diabo foge da cruz, pois todos os dias têm que encontrar
buracos em São Luís. Árdua missão essa de uma mídia cuja pauta principal são as
valas e a lama, estejam aonde estiverem, existam ou não existam, pois precisa
de buracos nem que tenha que mandar cavar.
O
objetivo é passar a idéia insustentável de que a Prefeitura não faz nada e fingem
que não vêem as máquinas e homens que trabalham de forma quase ininterrupta na
recuperação da malha viária de diversos bairros de São Luís. Tudo isto porque não conseguem que o prefeito
Edivaldo Holanda Júnior apóie seus candidatos e seu governo. Agem como se à
Prefeitura fosse possível pavimentar todos os bairros da cidade de uma só vez e
já começam a lamentar, posto que fica cada vez mais difícil encontrar os
buracos que recebem ordens de mostrar todos os dias.
Há
pouco encontraram rachaduras e longas fissuras nos muros da Beira-Mar e, como
sempre, quiseram culpar o prefeito. Descobriram que a responsabilidade por
essas longas fissuras é do governo do Estado e do Governo Federal. Desmentidos,
filmaram os buracos ao longo da avenida até serem informados de que a
responsabilidade primeira é da Caema, uma empresa de economia mista que
aprendeu a cavar tudo, mas nunca aprendeu a tapar.
É
com buracos que pretendem ganhar a eleição¿ Talvez, inclusive os buracos que
seus chefes cavam nas contas públicas. Com o poder da mídia nas mãos, os
caça-buracos jamais se referem à buraqueira nos indicadores sociais, essa que
faz do Maranhão uma imensa cratera de desalento e pobreza sob a qual se torna
impossível construir um futuro melhor.
Diferentes
dos caça-fantasmas, que apesar da parafernália eletrônica estrambótica,
buscaram salvaguardar a sociedade, os caça-buracos investem sua capacidade de
convencimento na vulnerabilidade do cidadão, exposto dia e noite à ditadura das
telas e telões. E sabemos que aos mais descuidados essa ditadura submete a um constante
processo de lavagem cerebral.
Entretanto,
estão cientes de que o povo já sabe a origem de tanta pobreza e falta de perspectiva
de futuro; sabe das razões pelas quais a educação não funciona nesse Estado e
sabe que nunca está seguro pelo destino pior dado aos impostos que paga com
tanto esforço e tanto suor.
O
povo vê que a malha viária da cidade está sendo recuperada e tem plena
consciência de quem são os que comandam esse império de comunicação. Sabe que
se menos buracos tivessem sido abertos nos cofres públicos do Estado nos
últimos 40 anos, já há tempos não existiriam mais buracos nas ruas de São Luís
e nas estradas do Maranhão.
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