JM
Cunha Santos
São Luís anoitece sem transportes e amanhece conflagrada pelos protestos de policiais nas ruas. As primeiras notícias informam sobre homens em armas cercando o retorno que dá acesso à ponte do São Francisco. O trânsito não se move em muitas direções e a população sua um suor novo que junta pânico e calor nos corpos. O governo enfrenta a polícia e a polícia enfrenta o governo. O povo enfrenta os dois e os bandidos.
São Luís anoitece sem transportes e amanhece conflagrada pelos protestos de policiais nas ruas. As primeiras notícias informam sobre homens em armas cercando o retorno que dá acesso à ponte do São Francisco. O trânsito não se move em muitas direções e a população sua um suor novo que junta pânico e calor nos corpos. O governo enfrenta a polícia e a polícia enfrenta o governo. O povo enfrenta os dois e os bandidos.
É
a cidade do medo. Sites publicam que por pouco o Batalhão de Choque da PM não
foi recebido a bala por policiais em greve. Anuncia-se, em seguida, a prisão do
coronel Francisco Melo, um dos líderes do movimento grevista. Ninguém consegue
explicar como chegamos a esse ponto de convulsão. Na Assembléia Legislativa,
uma moça adentra o Comitê de Imprensa e conta o que viu na cabeceira da ponte.
E o que ela viu apavora.
Policiais
acusam o Batalhão de Choque de trair a tropa em sinal de subserviência ao
governo e ameaçam arrancar na marra o coronel Melo da prisão militar onde está
detido. São Luís pode se transformar num campo de batalha. É exasperador. Chega
a notícia de que as tropas em greve deixaram a Câmara Municipal e, assim como
em 2011, vão ocupar a Assembléia. A maioria dos funcionários e visitantes monta
nos automóveis e desocupa às pressas a sede do Poder Legislativo. Estão com
medo. São Luís é a cidade do medo. Todos os medos.
O
medo que vem da penitenciária, o medo que vem das ruas ocupadas por assaltantes
e traficantes, o medo que está dentro das casas que a qualquer hora podem ser
invadidas por bandidos, o medo de um confronto entre policiais.
Esse
clima de guerra, permanente, pauta um pensamento lógico: fomos impedidos de
viver. Medo e fúria. Decepção e medo. É assim que governam o Maranhão.
ENQUANTO ISSO A NOSSA DIGNÍSSIMA GOVERNADORA DELEITA EM SEU PALÁCIO...É SÃO LUIS O QUE FAZER COM SEU CODINOME "ILHA DO AMOR"?
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