segunda-feira, 14 de abril de 2014

“Complexo Penitenciário de Pedrinhas é um dos locais mais violentos do mundo”


 
Dá até para imaginar que o Complexo Penitenciário de Pedrinhas é administrado em regime de auto-gestão por facções criminosas. Já são cinco assassinatos nos primeiros meses de 2014, sem que se registrassem rebeliões. Dez, em todo o sistema carcerário, segundo o Jornal Pequeno. O portal iG registrou, no ano de 2013, 197 presos assassinados em 22 estados do Brasil. Sessenta desses homicídios aconteceram em Pedrinhas.
Um comparativo com o Estado de São Paulo deixa qualquer um estarrecido. Em todo o território paulista 22 presos foram assassinados no ano de 2013, sendo que a população carcerária de São Paulo é 35 vezes maior que a do Maranhão. Aqui acontece uma execução para cada 100 presos; em São Paulo, uma execução para cada 10 mil.
Estes números e o estupendo nível de barbárie levaram o juiz titular da Segunda Vara de Execuções Penais, Fernando Mendonça, a declarar que o Complexo Penitenciário de Pedrinhas é um dos locais mais violentos do mundo. “Nem Bagdá (Iraque) tem tantas mortes violentas”, assegurou. Bagdá é território de guerra e guerras religiosas, homens-bombas e autoflagelação.
Líderes de facções criminosas e presos perigosos foram transferidos, a tropa de choque da Polícia Militar e a Guarda Nacional ocuparam a Penitenciária de Pedrinhas, mas ainda é nessa cadeia que mais assassinatos de detentos acontecem no Brasil.
Tem alguma coisa errada em Pedrinhas, ou melhor no sistema crcerário do Estado, algum mistério indissolúvel que ainda precisa ser esclarecido. Parece mais um território livre do crime organizado, no qual a ordem maior é matar.

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