Na
passagem dos oito anos da edição da Lei Maria da Penha, a deputada Gardênia
Castelo lamenta que a mulher continue trocando carinho por medo, dedicação
familiar por violência e ternura por agressão.
Por
JM Cunha Santos
Gardênia Castelo |
Ao
comentar, ontem, sobre a passagem de 8 anos da edição da Lei Maria da Penha, a
deputada Gardênia Castelo afirmou que a mulher não pode continuar trocando
carinho por medo, dedicação por violência e ternura por agressão. Segundo a
parlamentar, apesar dos 8 anos da edição da Lei Maria da Penha e da criação de
órgãos governamentais e não governamentais de políticas e atendimento às
mulheres, a cada 15 segundo uma mulher é espancada por seu marido ou
companheiro no Brasil.
Gardênia
lembrou a Convenção do Para, realizada em meados dos anos 90, que definiu a
violência contra a mulher como “qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que
cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto
na esfera pública quanto na esfera privada. Segundo Gardênia, essa definição,
dentro de uma visão mais geral, permite incorporar diversos atos que as
mulheres sofrem de seus parceiros íntimos, membros da família e fora da família
e que estão relacionados diretamente às normas que regem as relações de gênero
na sociedade.
A
deputada afirmou, no entanto, que o Brasil tem avançado no combate à violência
contra as mulheres, destacando a Lei Maria da Penha, considerada uma das
principais conquistas na luta pelo fim desse tipo de violência. Ela entende que
esse instrumento legal determina uma
série de medidas de assistência e proteção de mulheres em situação de
violência.
A
deputada fez questão de registrar dados de uma pesquisa do Ibope realizada em âmbito
nacional. Conforme a pesquisa, mais da metade dos brasileiros conhecem casos de
agressões a mulheres, mas a grande maioria, 39 %, tomou apenas atitudes de
colaboração com a mulher agredida. Registra também que com medo de morrer as
mulheres não abandonam o agressor, que a violência doméstica é a principal
preocupação da mulher brasileira e, embora acreditem que a Lei Maria da Penha já
está surtindo efeito, a maioria não confia na proteção jurídica e policial à
mulher vítima de agressão.
ELA ENTENDE BEM QUANDO O ASSUNTO É MULHER
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