Editorial
JP, 7 de agosto
Desde
a invenção de que Epitácio Cafeteira havia mandado assassinar Reis Pacheco, que
continuava vivo, o grupo Sarney não se entregava à mitomania com tanta
dedicação. Inventou Sarney agora que foi o grande responsável pela nomeação
para a Embratur do homem de quem mais raiva, hoje: o candidato a governador do
Maranhão, Flávio Dino. É contra ele que Sarney dedica, atualmente, cada minuto
de sua vida. E, para dar foros de verdade à sua pregação fantasiosa, disse que
Flávio Dino foi à sua casa agradecer pessoalmente.
A
reação de Flávio Dino foi a reação intempestiva de quem não segurou a revolta.
O candidato tratou Sarney de “velhaco mentiroso”. Na verdade, os ditos, falas,
difamações, insultos que o candidato da oposição tem suportado extrapolam
qualquer nível de serenidade. Contra ele, as injúrias e difamações são jogadas
de helicóptero, a ele o senador João Alberto praticamente chamou de Satanás
publicamente, contra ele vendedores de calúnias atuam dia e noite na internet e
sente-se, com isso, que o desespero pela derrota iminente começa a afetar
mentalmente os eternos donos do poder no Maranhão.
Essa
campanha começa a ganhar contornos de desvario. Já levaram um caixão de defunto
para a porta da Prefeitura, Sarney chamou Flávio de “pivete” e mandou a
oposição inteira para o inferno, João Alberto chamou Flávio Dino de Satanás e
incitou à greve professores de São Luís. Agem como aves de rapina da política e
nem mesmo a morte de uma criança respeitam mais.
Não
há mais o que falte suceder para que as autoridades tomem providências
enérgicas contra esse vale-tudo. Não é possível que estejam à espera de um
cadáver, que talvez nem seja um “cadáver vivo” como na acusação contra
Cafeteira, para perceber que estão fazendo de tudo para levar esta campanha no
rumo da violência.
O
que querem são reações na altura dessa política de baixo nível, dessa coisa
horrorosa que humilha as tradições de cultura do Maranhão, para provocar aqui
algum tipo de escaramuça que justifique alguma forma de intervenção na eleição
que a todo custo não querem perder.
O
alerta está feito porque ninguém é burro que não veja por trás de tanta
devassidão política algum plano macabro, uma forma sub-reptícia de insuflar
levantes e desobediência civil enquanto estão no comando da força pública.
É
responsabilidade da Justiça e da Polícia conter esses arroubos de violência,
porque é disso que se trata, mesmo que partam de senadores da República.
Líderes políticos de verdade não agem assim, saibamos nós, embora, do que são
capazes os homens em luta pelo poder. A tirania, o autoritarismo, o
totalitarismo emergem dessa campanha de forma incontrolável. E, nesse nível de
ódio que emana do poder, ninguém sabe o que ainda pode acontecer no Maranhão.
meu amigo pare de endeusar o FD. ele é como todos os outros. é político. e politico não presta. FD TÁ ATRÁS DE PODER. SOMENTE ISSO
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