Não
existem atos de crueldade cometidos pelo poder público que justifiquem a autoflagelação
dos professores de São Luís.
JM
Cunha Santos
Reluto
muito em me manifestar contrariamente a categorias profissionais,
principalmente em estado de greve. A greve é um direito inalienável do trabalhador
em favor do qual tenho me manifestado a vida inteira. Mas o SindEducação
comprou correntes, acorrentou professores, não na porta ou nas proximidades,
mas dentro da Prefeitura Municipal de São Luís. E ameaça agora com uma greve de
fome.
Por
quê? Essas pessoas não tinham mais o que comer? Foram, acaso, torturadas por
uma polícia política sob comando do prefeito Edivaldo Holanda Júnior? Alguém,
por acaso, matou algum de seus parentes impunemente e elas estão em busca de
Justiça? Foram presas e seviciadas pelo poder público municipal?
O
exagero é evidente. Ninguém se acorrenta dias seguidos e faz greve de fome por
ter recebido um reajuste salarial abaixo da inflação. Ou teria o Sindicato
avaliado que a proposta subliminar de tocar fogo na Prefeitura, feita por um
senador, seria contraproducente a seus propósitos?
Há
dias ouço que Sarney não vai entregar o poder facilmente. E sinto já que o
caminho encontrado para fazer sangrar o Maranhão parece ser essa greve. O
prefeito de São Luís está pagando pelo fato de um candidato de oposição, Flávio
Dino, estar 30 pontos à frente do candidato do governo nas pesquisas, está
pagando pelos 40 pontos de rejeição, não só de Edinho, mas do modelo político
arbitrado no Maranhão pelo senador José Sarney.
Eu
nem sei o que dizer sobre um Sindicato que acorrenta a categoria. Não tenho
idéia do que possa estar acontecendo. Parece coisa de seita, de fanáticos
religiosos, não tem nada a ver com movimentos sociais. Quem se dispõe a isso só
pode ter sido fulminado por algum processo de lavagem cerebral. Não existem
atos de crueldade cometidos pela autoridade que justifiquem a autoflagelação
dos professores de São Luís. Isso é crime, é terror político, é qualquer coisa,
menos movimento social.
O q mata um povo e a falta de conhecomento ! Mas , disponho deste conhecimento e humildade p esclarecer ...Vamos aos fatos : Sou professora da rede municipal e há anos assim como meus companheiros gritavamos por dignidade " no chão da escola " e nunca fomos ou idos e asseguro , fosse essa gestão ou outra nao seria diferente pois estávamos dispostos a sermos ouvindo nem acorrentados ...Desde do ano passado nao chega material didático p trabalharmos , as promessas de reforma das escolas nao sairam do papel ( e ha prédios prestes a desabar sobre alunos e funcionários ) entre outros problemas q denunciamos dia a dia ...Tudo q fazemos é de comum acordo entre nós ninguém está acorrentado ou em greve de fome obrigado pelo contrário muitos se ofereceram . Pode parecer uma atitude extrema porem , extremo tem sido a postura da prefeitura em ignorar desde dia 22 de maio nao so a categoria mas 130 mil alunos e seus pais .Para finalizar isso poderia ter sodo evitado ; nao temos apoio de A ou B e sim da propria categoria embora tenha sido sugerido seu blog ...
ResponderExcluirEu entendo, professora, que invariavelmente, quando se trata de greve os trabalhadores têm razão. Foi sempre assim nesse país e vai ser durante muito tempo, posto que a distribuição de renda é uma desgraça e continua privilegiando uma minoria provilegiada em detrimento da classe trabalhadora do Brasil. Mas autoflagelação, professora? Se acorrentar sem comer dias seguidos nas grades de uma Prefeitura, é uma atitude inexplicável que, como eu disse, só se poderia esperar de alguém que passou por um longo processo de lavagem cerebral. Nem fanáticos religosos muçulmanos fazem mais isso. A snehora diz que muitos se ofereceram. Mas quem teve a idéia maluca de submeter os professores de São Luís a tortura apenas para chmar atenção para uma negociação salarial? Eu nunca soube que algo pelo menos parecido acontecesse em qualquer outro lugar do mundo. Pelo amor de Deus, tem alguma coisa terrivelmente errada nessa história.
ExcluirBem feito pra vc JM Cunha
ResponderExcluirMeu caro,professor não é um ser alienado que se sujeita a ser objeto de manobra de A ou B.Os mesmos estão lutando pelos seus direitos e isso é justo e digno!Essa história de dizer que trata-se de uma greve política é uma grande inverdade,pois o que se questiona é apenas a grande mudança que aconteceria em São Luís e que até agora não chegou.Na verdade,pensei que com caostelo estávamos no fundo do poço,mas agora descobri com esse novo prefeito que o poço é mais fundo.
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