quinta-feira, 26 de novembro de 2015

CASO BRUNNO: Perícia implode defesa e complica situação de Diego Polary


Apontado como o principal suspeito de assassinar a facadas o advogado Brunno Matos, o estudante Diego Polary nega a autoria do crime. Nesta semana o resultado de uma perícia minuciosa realizada por um dos maiores especialistas do país, Sérgio Hernandez Saldias (caso Bernardo) comprova a autoria o DJ como autor das facadas que ceifaram a vida de Brunno Mattos e tornam sua defesa insustentável.
O CASO
O jovem advogado Brunno Matos foi assassinado na manhã do dia 06 de outubro, no Olho D´Agua, durante uma comemoração pelo resultado das eleições DE 2014. Além de Brunno, também foi esfaqueado seu irmão, Alexandre Soares, e o psicólogo Kelvin Chiang. O caso chocou a sociedade maranhense na época pela ferocidade e motivo banal pelo qual a vida do advogado foi tirada.
Os crimes aconteceram após Carlos Marão Filho iniciar uma discussão com algumas pessoas que participavam da comemoração. Durante o tumulto Brunno, Alexandre e Kelvin foram esfaqueados. Brunno foi socorrido, mas não resistiu à gravidade dos ferimentos e morreu. Alexandre também foi esfaqueado e sobreviveu. O mesmo aconteceu com Kelvin, que chegou a ficar com uma faca cravada nas cotas, mas também resistiu. Além dos três, Wesley Carvalho foi agredido.
Os sobreviventes confirmaram que, além de Carlos Marão, Diego Polary e o vigilante João Nascimento Gomes participaram das agressões, dos esfaqueamentos e do assassinato. Segundo todos eles, Marão iniciou a briga contra Alexandre e Brunno, momento em que seu sobrinho, Diego, interviu e esfaqueou os dois. Logo em seguida o vigia interviu e esfaqueou Kelvin pelas costas.
A DEFESA DE POLARY
Marão e João Nascimento foram presos imediatamente após o caso. Diego Polary se apresentou dias depois e contradisse os depoimentos dados pelas vítimas. Segundo ele, João Nascimento teria sido o responsável por todas as facadas.
Na reconstituição do crime, Kelvin Chiang e Alexandre Soares voltaram a apontar Diego Polary como autor das facadas que levaram o advogado à morte e deixaram o irmão gravemente ferido. O vigia João José Nascimento assumiu ter sido o autor da facada nas costas de Kelvin.
Dias depois o vigia chegou a assumir a autoria dos assassinatos. Contudo, segundo a Comissão de Direitos Humanos da OAB no Maranhão, o fez sob pressão.
COMPLICAÇÃO
Nesta semana o perito Sérgio Hernandez Saldias atestou a culpa de Diego como sendo autor das facadas em Brunno e Alexandre. Saldias é reconhecido nacionalmente como u dos melhores do ramo. Além de atuar no caso Brunno, ele também está no caso da mãe do garoto Bernardo, assassinado pela madrasta em abril de 2014 no Rio Grande do Sul.
As análises técnicas de Saldias se basearam na comparação entre a faca encontrada no local do crime e as marcas nas vítimas. “Tínhamos certeza de que a faca que que foi cravada nas costas de Kelvin foi desferida por João. Tanto a vítima quanto o agressor confirmam isso. Dessa forma, partimos para análises comparativas entre os cortes”.
As análises mostraram que a faca usada para ferir Kelvin não foi a mesma que golpeou Alexandre e matou Brunno. “A diferença entre o tamanho e as formas das lâminas é muito grande. Espessura, tipo e tamanha: nada coincide”, afirmou.
Além disso, o perito também foi categórico ao narrar o que figura como a maior prova contra Diego. “Não foram encontrados vestígios de sangue ou DNA do Alexandre e do Brunno na faca. É impossível que uma pessoa seja esfaqueada e que esses vestígios sumam”.
Saldias afirmou que duas facas foram utilizadas no crime, o que derruba a tese da defesa que visa culpar João e inocentar Diego ao apontar o vigia como único autor dos golpes.

O laudo também confirma que a iluminação na área oferecia plenas condições de visibilidade às vítimas para o reconhecimento dos agressores. Sete pessoas participaram da cena do crime.

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