JM
Cunha Santos
A
toda hora os veículos de comunicação da família Sarney inventam uma
inelegibilidade para Flávio Dino, ameaçam impugnar a chapa do PC do B, cassar o
mandato do governador e criam impressionantes factoides, como ocorreu ainda
esta semana, através do senador João Alberto.
Mas
a verdade é que Sarney, sem mandato, sem prestígio, sem mais poder de tráfico
de influência e com a família quase toda levada aos tribunais, quer eleger a
filha a qualquer custo porque está com medo de ir parar na cadeia. Ele precisa
de uma margem de negociação para atuar nas periferias da justiça brasileira. E
a única margem plausível seria a eleição da filha, Roseana Sarney, para o
governo do Estado e do filho, Sarney Filho, para o Senado.
Ao
contrário do que muitos pensam, não é somente o senador Edison Lobão, cujo nome
foi citado por quase todos os delatores da Lava Jato, quem precisa
desesperadamente de um mandato para escapar de uma condenação iminente. É só
lembrar que em fevereiro de 2017 a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal
decidiu que Sarney deve responder na Corte pelas acusações de recebimento de
propina feitas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, um dos
delatores da Lava Jato.
Desde
o Mensalão até a Lava Jato, Sarney viu vários senadores e deputados federais
irem parar na cadeia. E isso o assombra. Sem contar que seu caso só está no STF
porque os fatos do crime de que é acusado estão relacionados com crimes
cometidos pelos senadores Renan Calheiros e Romero Jucá, que tem direito a foro
privilegiado. Sarney escapou por pouco, muito pouco, do juizado de Curitiba,
com Sérgio Moro.
INELEGIBILIDADE
E CASSAÇÃO
A
inelegibilidade ou a cassação do governador Flávio Dino fazem parte, hoje, dos
delírios do ex-senador José Sarney. Em uma única semana, esse assunto veio a
pauta duas vezes. E não fazem muitos dias um doido falou em pedir o impeachment
do governador na Assembleia. Estão doentes.
O
governador Flávio Dino nem leva mais a sério as alucinações que acometem o
ex-senador. Ele disse: “Absolutamente improcedente qualquer versão sobre minha
inelegibilidade, especulada há semanas pelo grupo Sarney-Murad. Estes, para
voltarem a seus privilégios terão que vencer nas urnas. O resto é factoide e
desespero.
Amanhã
irei pleitear normalmente meu registro ao TRE, que será deferido nos termos da
lei. E semana que vem vamos começar mais uma bela campanha, alegre, propositiva
e vencedora.
Fui
juiz federal durante 12 anos, sou professor de Direito Constitucional há 25
anos e, por isso, não levo a sério armações do grupo Sarney-Murad".
FARSA
E MENTIRA
Todos
os que anunciaram irresponsavelmente essa tal inelegibilidade sabem que para
tornar alguém inelegível é necessário uma decisão colegiada ou transitada em
julgado. Sabem, mas insistem em mentir e enganar a população.
Sarney,
Lobão e Ricardo Murad só estão com medo de perder a pouca força política que
ainda lhes e irem fazer companhia a Geddel Vieira, Alberto Youssef e Rocha
Loures na prisão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário