O prefeito de Brumadinho, Avimar de Melo (PV), afirmou que a cidade não
recebeu nenhuma ajuda da Vale até o momento: "Eles vêm, dão entrevista e
vão embora
Em reunião tensa com moradores nesta terça-feira (5) com 450 moradores e
produtores rurais em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte,
representantes da mineradora Vale não aceitaram as reivindicações emergenciais,
entre elas conceder auxílio de um salário mínimo mensal e assumir as dívidas
dos produtores rurais obtidas com financiamento para as lavouras e plantações
perdidas.
A negativa da empresa gerou revolta, tensão, gritos e discussões. A
Polícia Militar teve de intervir para conter um princípio de tumulto entre
pessoas ligadas à empresa e os moradores do Parque da Cachoeira, um dos bairros
mais afetados pelo rompimento da barragem da mina do Córrego do Feijão.
Esta é a terceira reunião da comunidade com a Vale e os moradores
esperavam uma resposta dos representes da mineradora sobre um pedido de
reivindicações feito há mais de uma semana.
Além do salário mínimo e do pagamento das dívidas dos produtores ruais,
os moradores ainda solicitaram doação de R$ 5 mil aos moradores do Parque da
Cachoeira e meio salário mínimo a todo adolescente e 25% do salário mínimo por
criança.
Os representantes da Vale disseram que não poderiam atender as
reivindicações. Eles disseram que “precisam de informações para tomar a
decisão” e “não têm autonomia para isso”.
Crime
O promotor estadual André Stern, um dos líderes da negociação com a mineradora,
chegou a discutir com um advogado da Vale que chamou o rompimento da barragem
de acidente.
“O Ministério Público não aceita que foi um acidente. Aqui, você não vai
chamar de acidente. Foi um crime. Chame como quiser, mas não de acidente”,
disse o promotor.
O prefeito de Brumadinho (MG), Avimar de Melo (PV), afirmou também nesta
terça-feira (5) que desde que ocorreu o rompimento da barragem do Córrego do
Feijão, da Vale, não recebeu nenhum apoio do governo federal.
“O porta-voz disse que ia ajudar com R$ 800 milhões e até agora nada.
Nem em contato com o prefeito entraram”, disse Avimar em entrevista por
telefone ao BuzzFeed News. “Eles vêm, dão entrevista e vão embora”, queixou-se
ele.
Com informações
do G1 e
do BuzzFeed Brasil
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