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Governador Flávio Dino destaca ações importantes para o Maranhão adotadas neste começo de ano (Foto: Gilson Teixeira) |
Na manhã
deste sábado (4), o governador Flávio Dino concedeu entrevista ao programa
Resenha, da TV Difusora. Essa foi a primeira declaração ao vivo e exclusiva do
governador sobre as ações do seu segundo mandato.
Aos
jornalistas John Cutrim, Adalberto Melo e Robson Júnior, o governador falou,
entre outros temas, sobre a situação das estradas, a base de Alcântara, o
crescimento do Porto do Itaqui, combate à extrema pobreza, mudanças no governo
maranhense, além de desmentir notícia falsa que circulou na internet sobre
suposto aumento salarial para presos no Maranhão.
Flávio
Dino enfatizou que o Maranhão consegue ser visto hoje como exemplo de boa
gestão, apesar da “situação econômica do país piorando ano a ano” devido à
crise econômica.
“O
Maranhão consegue ser visto hoje como exemplo de boa gestão, isso todos dizem
nacionalmente, porque conseguimos manter as coisas de um modo geral
funcionando, as políticas públicas, direitos e programas. Estamos lutando muito
para manter esse caminho”, disse.
Ele
assegura que os maranhenses podem “ter a certeza que continuam a contar com um
governador que trabalha muito, um governador honrado e honesto, que se dedica
obstinadamente todos os minutos para obter bons resultados para a população”,
completou.
Estradas
Logo no
início da entrevista, o governador foi perguntado sobre quais medidas serão
adotadas após o período chuvoso para restaurar estradas que se deterioraram no
primeiro semestre de 2019 devido às fortes chuvas.
O
governador explicou que não tem competência legal para intervir, por exemplo,
na manutenção de estradas federais, como é o caso da BR-316, que liga a região
central do Maranhão ao Pará, mas que mantém junto com a bancada maranhense, no
Parlamento Federal, cobranças contínuas ao Ministério da Infraestrutura e ao
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), que se
comprometeram em recuperar “os trechos mais sofridos”.
Entretanto,
o governador ressaltou que as estradas estaduais, como é o caso da rodovia que
liga Barreirinhas a Paulino Neves, serão reconstruídas “sem nenhum ônus para o
Estado” por ainda estarem na chamada “garantia contratual”. Ele destacou que
apesar da prioridade ser as estradas maranhenses, posteriormente o Governo do
Estado ajudará os municípios a recuperar ruas e avenidas, por meio do programa
Mais Asfalto.
Base de
Alcântara
Sobre o
acordo firmado entre o Brasil e os Estados Unidos que vai permitir que o
governo americano faça uso comercial do Centro de Lançamento de Alcântara
(CLA), Flávio Dino avalia que não adianta que a medida traga benefícios
econômicos ao país sem que antes atenda aos interesses da população local, em
especial às comunidades quilombolas da região.
“A
questão sobre a base de Alcântara é: ela será utilizada em favor da população
ou ficará inutilizada? A palavra chave que tenho buscado é equilíbrio entre interesses
da população e da economia. A base de Alcântara pode ser boa para a economia,
mas tem um passivo social para ser resolvido. Para o foguete subir precisamos
antes ver os compromissos firmados com a população quilombola”, defende o
governador.
Porto do
Itaqui, Mais IDH, Cheque Cesta Básica Gestante e mudanças no governo
Durante a
entrevista, Flávio Dino rechaçou a possibilidade de privatização do Porto do
Itaqui. Ele citou os números positivos que o Porto vem acumulando nos últimos
anos e classificou o terminal como patrimônio maranhense.
“A gestão
do Porto do Itaqui é respeitada nacional e internacionalmente. Isso faz com que
operadores queiram investir no Maranhão. Existem 16 mil empregos diretos e
indiretos em torno da movimentação econômica. O porto é um patrimônio do povo
do Maranhão”, frisou.
Sobre o
aumento do índice de extrema pobreza apontado no Maranhão pelo IBGE, o
governador disse que não descredibiliza os números do instituto, no entanto,
ele pondera que a extrema pobreza cresceu no Brasil inteiro e que existe uma
série de ações realizadas desde 2015 para combater esse problema.
“É falsa
a ideia que a extrema pobreza cresceu no Maranhão, a extrema pobreza cresceu no
Brasil. Basta pegar os dados do mesmo IBGE e ver que a extrema pobreza cresceu
no país inteiro, porque nós saímos de 5% de desemprego, para 13% [no país]. E
por isso eu tenho lutado tanto para voltar a ter crescimento econômico”,
declara.
O
governador ressaltou que, em meio ao caos econômico nacional, por meio de
programas como o Mais IDH e o Cheque Minha Básica – Gestante, o Maranhão
conseguiu avançar em três pilares atinentes ao desenvolvimento humano:
crescimento em renda, longevidade e educação. “Cinco ou seis estados andaram
para trás, nos conseguimos andar para frente”, ressalta o governador,
destacando como exemplo a redução da mortalidade materno-infantil, foco do
programa Cheque Cesta Básica – Gestante.
Ele
também falou sobre o fechamento do ciclo de mudanças na gestão estadual
iniciado em janeiro, com alterações na direção da Polícia Militar do Maranhão
(PMMA), da Fundação da Criança e do Adolescente do Maranhão (Funac), da
Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do
Maranhão (Fapema) e do Viva/Procon. Além do coronel Ismael de Sousa, que no mês
passado assumiu o comando da PMMA, durante a entrevista deste sábado, Flávio
Dino anunciou o advogado Carlos Sérgio para a presidência do VIVA/Procon; o
professor André Santos na Fapema; e a assistente social Sorimar Sabóia para a
chefia da Funac.
Notícia
falsa sobre ‘salário’ para presidiários
O
governador derrubou uma notícia falsa que circulou nas redes sociais, sobre
suposto aumento salarial para presos no Maranhão. Para Flávio Dino, a
divulgação desse tipo de ‘fake news’ é “criminosa” e tem “interesses políticos”
em sua origem.
“Infelizmente
a internet é uma invenção que tem coisas positivas e têm pessoas que a usam
para o mal, para o crime. Isso nunca existiu. Essa extrema direita que está aí
me critica por cumprir a Lei de Execuções Penais. O preso tem direito a 2/3 do
valor do salário mínimo e esse dinheiro é repassado para as famílias. Naquela
foto [que circulou com a notícia falsa], os presos estão recebendo pelo
trabalho na produção de blocos de cimento. O evento era alusivo ao fato das penitenciárias
terem saído do cenário onde se cortavam cabeças. É isso que eles querem? Antes
do nosso governo tinha toque de recolher. Era esse o clima no Maranhão.
Enquanto eu for governador, Pedrinhas não voltará ao passado”, afirma.
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