sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Porque Flávio Dino venceria Jair Bolsonaro facilmente num eventual segundo turno da eleição presidencial

JM Cunha Santos


Num cenário hipotético em que Flávio Dino e Jair Bolsonaro disputem o segundo turno da próxima eleição presidencial, é quase impossível que o senhor capitão presidente tenha alguma chance de vencer. E, aqui, explico os porquês das razões que me levam a pensar assim.
Será a batalha da honestidade reconhecida nacionalmente no tratamento dos negócios públicos (Flávio Dino) contra a lógica das “rachadinhas” familiares e das propinas na Secretaria Nacional de Comunicação pagas pela mídia alinhada ao presidente a empresas ligadas ao secretário Fábio Wajngarten.
Uma luta a ser travada entre quem defende a a Justiça e o direito à vida (Flávio Dino) e um candidato a reeleição que pretendeu conferir ao Estado poder de vida e morte sobre o cidadão, (Jair Bolsonaro), através de excludentes de ilicitude para policiais que matarem em serviço.
Uma escaramuça eleitoral entre um candidato que privilegia a agricultura familiar e o Mais IDH (Flávio Dino) e outro (Jair Bolsonaro) que quer tornar inimputáveis os crimes de fazendeiros e grileiros que matarem lavradores e Sem Terras.
Uma batalha pelo voto entre um candidato que defende a liberdade de imprensa e a liberdade de expressão (Flávio Dino) e outro, (Jair Bolsonaro), que estimula a censura e insulta jornalistas considerando-os “uma raça em extinção”.
Uma briga eleitoral entre um governador que tem o respeito e admiração de seus comandados (Flávio Dino) e um presidente que praticamente foi escorraçado do partido que o elegeu, o PSL, (Jair Bolsonaro), e a quem seus próprios ministros consideram despreparado para exercer o cargo que ocupa. Que o digam o general Augusto Heleno e o ministro Sérgio Moro.
Um entrevero político entre um governador ambientalista (Flávio Dino) que revela sérias preocupações com o destino da Amazônia e, consequentemente, da humanidade e um presidente que não esconde seu apego a madeireiros que castram e incendeiam a Amazônia.
Um debate eletivo entre um candidato em luta contra as desigualdades sociais (Flávio Dino) e outro cujas preocupações estão centradas apenas em encher os cofres do Governo Federal, sem se importar com os sofrimentos e a pobreza que suas medidas provisórias e improvisadas possam acarretar para a população.
Um plebiscito entre um candidato que é, sem sombras de dúvidas, um ardoroso defensor dos Direitos Humanos (Flávio Dino) e outro, (Jair Bolsonaro), que o país tem por misógino, xenófobo e racista, defende tortura e fez campanha de metralhadora nas mãos.
Por fim – e apenas para que a matéria não se alongue muito – a disputa de um governador que, como candidato a presidente, deixará um lastro de mais de 1.000 obras para a Educação em seu Estado e um presidente candidato à reeleição cujo ministro da Educação trata os estudantes de Ciências Sociais de maconheiros e vagabundos e escreve impressionante com C.
Como se vê, em uma eventual disputa de segundo turno entre Flávio Dino e Jair Bolsonaro, não sobraria ao capitão nem discurso para se dirigir aos eleitores.

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