JM
Cunha Santos
Num
cenário hipotético em que Flávio Dino e Jair Bolsonaro disputem o segundo turno
da próxima eleição presidencial, é quase impossível que o senhor capitão
presidente tenha alguma chance de vencer. E, aqui, explico os porquês das
razões que me levam a pensar assim.
Será
a batalha da honestidade reconhecida nacionalmente no tratamento dos negócios públicos
(Flávio Dino) contra a lógica das “rachadinhas” familiares e das propinas na
Secretaria Nacional de Comunicação pagas pela mídia alinhada ao presidente a
empresas ligadas ao secretário Fábio Wajngarten.
Uma
luta a ser travada entre quem defende a a Justiça e o direito à vida (Flávio
Dino) e um candidato a reeleição que pretendeu conferir ao Estado poder de vida
e morte sobre o cidadão, (Jair Bolsonaro), através de excludentes de ilicitude
para policiais que matarem em serviço.
Uma
escaramuça eleitoral entre um candidato que privilegia a agricultura familiar e
o Mais IDH (Flávio Dino) e outro (Jair Bolsonaro) que quer tornar inimputáveis
os crimes de fazendeiros e grileiros que matarem lavradores e Sem Terras.
Uma
batalha pelo voto entre um candidato que defende a liberdade de imprensa e a
liberdade de expressão (Flávio Dino) e outro, (Jair Bolsonaro), que estimula a
censura e insulta jornalistas considerando-os “uma raça em extinção”.
Uma
briga eleitoral entre um governador que tem o respeito e admiração de seus
comandados (Flávio Dino) e um presidente que praticamente foi escorraçado do partido
que o elegeu, o PSL, (Jair Bolsonaro), e a quem seus próprios ministros
consideram despreparado para exercer o cargo que ocupa. Que o digam o general
Augusto Heleno e o ministro Sérgio Moro.
Um
entrevero político entre um governador ambientalista (Flávio Dino) que revela
sérias preocupações com o destino da Amazônia e, consequentemente, da
humanidade e um presidente que não esconde seu apego a madeireiros que castram
e incendeiam a Amazônia.
Um
debate eletivo entre um candidato em luta contra as desigualdades sociais
(Flávio Dino) e outro cujas preocupações estão centradas apenas em encher os
cofres do Governo Federal, sem se importar com os sofrimentos e a pobreza que
suas medidas provisórias e improvisadas possam acarretar para a população.
Um
plebiscito entre um candidato que é, sem sombras de dúvidas, um ardoroso
defensor dos Direitos Humanos (Flávio Dino) e outro, (Jair Bolsonaro), que o
país tem por misógino, xenófobo e racista, defende tortura e fez campanha de
metralhadora nas mãos.
Por
fim – e apenas para que a matéria não se alongue muito – a disputa de um governador
que, como candidato a presidente, deixará um lastro de mais de 1.000 obras para
a Educação em seu Estado e um presidente candidato à reeleição cujo ministro da
Educação trata os estudantes de Ciências Sociais de maconheiros e vagabundos e
escreve impressionante com C.
Como se vê, em uma eventual disputa de segundo
turno entre Flávio Dino e Jair Bolsonaro, não sobraria ao capitão nem discurso
para se dirigir aos eleitores.
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