JM
Cunha Santos
E
o governo Bolsonaro conseguiu criar para o Brasil a pior imagem a nível
internacional de toda sua História. Entidades e organizações de outros países
passaram a considerar que o Brasil é um país onde se defende a tortura,
prega-se a volta da ditadura militar, incita-se a violência contra mulheres, o extermínio
da população nativa, desmatamento, assassinatos de membros de comunidades LGBT
etc.
Desprestígio
internacional
Há,
hoje, nada menos que 37 denúncias contra o Brasil na Organização das Nações
Unidas, a maior parte feita por entidades estrangeiras, sem contar ações
propostas na Justiça.
Outro
nível de percepção desse desprestígio, vem de 12 cartas sigilosas de relatores
da ONU se queixando de violações cometidas pelo estado brasileiro e cobrando
respostas, inclusive sobre ameaças sofridas por líderes indígenas, ameaças
contra a liberdade de imprensa e apuração do caso Marielle.
Mais:
no escritório da ONU, em Genebra, denúncias e documentos se acumulam revelando
um profundo mal estar em relação ao Brasil por conta de violações dos Direitos
Humanos. Somente a “Conectas”, organização internacional de defesa dos Direitos
Humanos, encaminhou 14 denúncias contra o Brasil.
Uma
outra entidade, a Justiça Global, fez sucessivos e urgentes apelos à ONU em
virtude do desmantelamento do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à
Tortura. Reclamou também da intervenção do Estado no Conselho Nacional de
Direitos Humanos. E inúmeras entidades brasileiras ingressaram na Corte
Interamericana de Direitos Humanos, órgão da Organização dos Estados Americanos
(OEA), pedindo a condenação do Brasil por falha sistemática na fiscalização e
reparação dos danos causados aos atingidos por rompimentos de barragens.
Pior:
a Comissão ARNS acusou o estado brasileiro perante o Tribunal Penal Internacional
de incitar o genocídio de indígenas e promover ataques sistemáticos às
populações nativas.
A
Human Rights Watch denunciou o Brasil em virtude da adoção da nova política de
agrotóxicos e aprovação do uso de novos produtos.
A
revista inglesa The Economist, uma das mais prestigiadas no mundo, com tiragem
de 1,5 milhão de exemplares por semana, afirmou que Bolsonaro é, provavelmente,
o chefe de Estado mais perigoso no mundo para a área ambiental, com posições
que podem, direta ou indiretamente, encorajar um grande desmatamento na
Amazônia.
Imagem
Segundo
a professora brasileira Delia Wangler, que há décadas dava aulas de português
na Suíça, mas já perdeu seus alunos, europeus em geral procuram evitar o Brasil
em virtude das sucessivas declarações das autoridades sobre Meio Ambiente,
indígenas, Amazônia, trabalho infantil etc. E há notícias de vaias estrondosas
quando o Brasil é citado em manifestações internacionais de defesa do Meio
Ambiente.
Mais
grave: diplomatas brasileiros que, por razões óbvias preferem não se
identificar, afirmam que o declínio do prestígio internacional do Brasil chegou
a tal ponto que o país está deixando de ser convidado para negociações
diplomáticas.
E
as intentonas nazistas de Jair Bolsonaro, Abraham Weintraub e Roberto Alvim
acabaram de liquidar com a imagem do Brasil.
E
era o Brasil considerado o mais pacifista dos países, não intervencionista e
símbolo de todas as liberdades, inclusive a liberdade de expressão.
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