sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Prestígio internacional do Brasil cai a níveis jamais vistos com o governo Bolsonaro; imagem do país lá fora é lamentável e constrangedora


JM Cunha Santos


E o governo Bolsonaro conseguiu criar para o Brasil a pior imagem a nível internacional de toda sua História. Entidades e organizações de outros países passaram a considerar que o Brasil é um país onde se defende a tortura, prega-se a volta da ditadura militar, incita-se a violência contra mulheres, o extermínio da população nativa, desmatamento, assassinatos de membros de comunidades LGBT etc.
Desprestígio internacional
Há, hoje, nada menos que 37 denúncias contra o Brasil na Organização das Nações Unidas, a maior parte feita por entidades estrangeiras, sem contar ações propostas na Justiça.
Outro nível de percepção desse desprestígio, vem de 12 cartas sigilosas de relatores da ONU se queixando de violações cometidas pelo estado brasileiro e cobrando respostas, inclusive sobre ameaças sofridas por líderes indígenas, ameaças contra a liberdade de imprensa e apuração do caso Marielle.
Mais: no escritório da ONU, em Genebra, denúncias e documentos se acumulam revelando um profundo mal estar em relação ao Brasil por conta de violações dos Direitos Humanos. Somente a “Conectas”, organização internacional de defesa dos Direitos Humanos, encaminhou 14 denúncias contra o Brasil.
Uma outra entidade, a Justiça Global, fez sucessivos e urgentes apelos à ONU em virtude do desmantelamento do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura. Reclamou também da intervenção do Estado no Conselho Nacional de Direitos Humanos. E inúmeras entidades brasileiras ingressaram na Corte Interamericana de Direitos Humanos, órgão da Organização dos Estados Americanos (OEA), pedindo a condenação do Brasil por falha sistemática na fiscalização e reparação dos danos causados aos atingidos por rompimentos de barragens.
Pior: a Comissão ARNS acusou o estado brasileiro perante o Tribunal Penal Internacional de incitar o genocídio de indígenas e promover ataques sistemáticos às populações nativas.
A Human Rights Watch denunciou o Brasil em virtude da adoção da nova política de agrotóxicos e aprovação do uso de novos produtos.
A revista inglesa The Economist, uma das mais prestigiadas no mundo, com tiragem de 1,5 milhão de exemplares por semana, afirmou que Bolsonaro é, provavelmente, o chefe de Estado mais perigoso no mundo para a área ambiental, com posições que podem, direta ou indiretamente, encorajar um grande desmatamento na Amazônia.
Imagem
Segundo a professora brasileira Delia Wangler, que há décadas dava aulas de português na Suíça, mas já perdeu seus alunos, europeus em geral procuram evitar o Brasil em virtude das sucessivas declarações das autoridades sobre Meio Ambiente, indígenas, Amazônia, trabalho infantil etc. E há notícias de vaias estrondosas quando o Brasil é citado em manifestações internacionais de defesa do Meio Ambiente.
Mais grave: diplomatas brasileiros que, por razões óbvias preferem não se identificar, afirmam que o declínio do prestígio internacional do Brasil chegou a tal ponto que o país está deixando de ser convidado para negociações diplomáticas.
E as intentonas nazistas de Jair Bolsonaro, Abraham Weintraub e Roberto Alvim acabaram de liquidar com a imagem do Brasil.
E era o Brasil considerado o mais pacifista dos países, não intervencionista e símbolo de todas as liberdades, inclusive a liberdade de expressão.

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