quarta-feira, 1 de abril de 2020

Fiquem em casa, já são 52 os casos confirmados de infecção por coronavírus no Maranhão


A Ciência pouco sabe ainda sobre o nível de infecção e letalidade do coronavírus.

JM Cunha Santos


Todas as esperanças de vencer a pandemia mundial provocada por esse vírus estão concentradas na capacidade dos povos de todo o mundo de suportarem o distanciamento social que a situação impõe.
A bem da verdade, a Ciência ainda sabe muito pouco sobre o patógeno que está destruindo sistemas de saúde e sistemas econômicos em todo o planeta.
Em princípio, avaliaram que o vírus quase sempre era letal apenas para pessoas com mais de 60 anos de idade ou para aqueles que apresentavam comorbidades. Mas a realidade das infecções e mortes em gente bem mais jovem e saudável mostrou que a avaliação foi apressada. No Maranhão, por exemplo, em 70% dos casos, o morbo infecciona pessoas com bem menos de 60 anos.
Não descobriram também porque muitos infectados não apresentam os sintomas, mas mesmo assim podem transmitir o vírus. As dificuldades para encontrar uma vacina, esforço de muitos países, igualmente não está explicada, assim como a Ciência não explica a resistência do vírus à maioria dos remédios tentados até agora.
Pior: os sintomas do coronavírus são quase sempre os mesmos sintomas de uma gripe comum, o que certamente dificulta a capacidade de diagnóstico dos profissionais da saúde.
O Maranhão, que até a bem poucos dias mantinha um nível de infecção relativamente baixo, se assusta agora com a proliferação do vírus. Saltou de 14 casos para 23, de 23 para 31 e ontem a Secretaria da Saúde divulgou o número surpreendente de 52 casos de infecção por coronavírus. E entendem os especialistas que a tendência é essa curva ascendente crescer ainda mais no mês de abril. Até porque, com a contaminação comunitária, não dá mais para rastrear a origem do vírus e muito menos precisar com exatidão quantos são os infectados.
Os países mais atingidos – Itália, Espanha, Estados Unidos, França, Reino Unido - são exatamente os que fizeram pouco caso do isolamento social. Portanto, não ouçam o que Jair Bolsonaro diz, nem o que apregoam seus seguidores lunáticos: fiquem em casa.

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