A Ciência pouco sabe
ainda sobre o nível de infecção e letalidade do coronavírus.
JM
Cunha Santos
Todas
as esperanças de vencer a pandemia mundial provocada por esse vírus estão
concentradas na capacidade dos povos de todo o mundo de suportarem o
distanciamento social que a situação impõe.
A
bem da verdade, a Ciência ainda sabe muito pouco sobre o patógeno que está
destruindo sistemas de saúde e sistemas econômicos em todo o planeta.
Em
princípio, avaliaram que o vírus quase sempre era letal apenas para pessoas com
mais de 60 anos de idade ou para aqueles que apresentavam comorbidades. Mas a
realidade das infecções e mortes em gente bem mais jovem e saudável mostrou que
a avaliação foi apressada. No Maranhão, por exemplo, em 70% dos casos, o morbo
infecciona pessoas com bem menos de 60 anos.
Não
descobriram também porque muitos infectados não apresentam os sintomas, mas
mesmo assim podem transmitir o vírus. As dificuldades para encontrar uma
vacina, esforço de muitos países, igualmente não está explicada, assim como a
Ciência não explica a resistência do vírus à maioria dos remédios tentados até
agora.
Pior:
os sintomas do coronavírus são quase sempre os mesmos sintomas de uma gripe
comum, o que certamente dificulta a capacidade de diagnóstico dos profissionais
da saúde.
O
Maranhão, que até a bem poucos dias mantinha um nível de infecção relativamente
baixo, se assusta agora com a proliferação do vírus. Saltou de 14 casos para
23, de 23 para 31 e ontem a Secretaria da Saúde divulgou o número surpreendente
de 52 casos de infecção por coronavírus. E entendem os especialistas que a
tendência é essa curva ascendente crescer ainda mais no mês de abril. Até
porque, com a contaminação comunitária, não dá mais para rastrear a origem do
vírus e muito menos precisar com exatidão quantos são os infectados.
Os
países mais atingidos – Itália, Espanha, Estados Unidos, França, Reino Unido -
são exatamente os que fizeram pouco caso do isolamento social. Portanto, não
ouçam o que Jair Bolsonaro diz, nem o que apregoam seus seguidores lunáticos: fiquem
em casa.
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