Prestes a completar quatro meses de forte enfrentamento à
pandemia do coronavírus no Maranhão, vemos à frente um longo caminho a ser
trilhado. É bem verdade que de mais longe viemos, com momentos muito difíceis,
mas incansavelmente perseguimos o objetivo de preservar vidas, todos os dias.
Hoje, após mais de 100 dias de combate, vemos um horizonte de estabilidade que
nos traz esperança, mas que, ao mesmo tempo, nos alerta de quão importante é
não baixar a guarda e avançar com coragem e equilíbrio.
Infelizmente, em grande parte do país o cenário é de preocupação
e crescimentos exponenciais dos índices de contaminação em regiões recentemente
consideradas imunes. Esta não é a realidade do coronavírus e isto tem ficado
cada dia mais evidente. Enquanto não tivermos a vacina, é fundamental que as
estratégias de enfrentamento sejam fortalecidas. Aqui no Maranhão, os rumos da
batalha são definidos por dois pontos centrais: as medidas assistenciais e as
regras sanitárias.
Temos mantido muita eficiência quanto à assistência hospitalar
no Maranhão. Em face da ampliação que realizamos na rede estadual de saúde,
hoje dispomos de oferta segura de leitos em todas as regiões maranhenses, tanto
clínicos quanto de UTIs. Desde o início da pandemia, incrementamos em quase
600% a quantidade de leitos exclusivos para tratamento de Covid-19 no Maranhão,
chegando a mais de 1600 leitos ativos atualmente. Ampliamos unidades existentes
e aceleramos obras em andamento, de modo que chegamos a 13 novos espaços para
atendimento especializado a casos de coronavírus, além de 11 ambulatórios, com
uma malha interligada por UTI aérea e ambulâncias com UTI, para traslados de
casos mais graves. Como legado, pela primeira vez na história, o Maranhão passa
a ter hospitais de média e alta complexidade em todas as Regionais de Saúde.
Em outra vertente, tão importante quanto, é o cumprimento das
regras sanitárias. Cabe ao poder público a edição das medidas legais, mas o
dever de cumpri-las é de todos nós. É equivocada a sensação de que já vencemos
o coronavírus e podemos retomar a normalidade de tudo. Pelo contrário,
especialmente do ponto de vista nacional, que traz impactos ao Estado, estamos
muito longe de vencer o coronavírus. Sublinho, portanto, que é imprescindível
que todos obedeçamos as regras sanitárias vigentes.
Trilhando o caminho da efetiva conjugação de medidas
assistenciais e observância das regras sanitárias, avançamos em conquistas
importantes. A exemplo de sermos o estado com menor índice de contágio do país
pela segunda semana consecutiva, conforme revela estudo conjunto da Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e da Fundação Getúlio Vargas
(FGV), amplamente divulgado nos últimos dias. Também registramos o acerto da
retomada gradativa das atividades comerciais e de serviços no Maranhão. Segundo
dados do Ministério da Economia, o Maranhão foi o Estado que apresentou a menor
redução de empregos formais em todo o Nordeste. Prova de que o equilíbrio
coerente entre medidas sanitárias e a preservação da economia é possível.
Estamos em meio a um desafio gigantesco que mobiliza a todos
nós. Reforço o agradecimento aos profissionais da saúde que nos ajudaram a
chegar a esse momento de estabilidade e seguem na batalha para avançarmos no
combate ao coronavírus. Com seriedade e compromisso seguiremos trabalhando até
que a vitória chegue. Conto com o apoio de toda a sociedade maranhense para que
com consciência, união, fé e esperança possamos perseverar, porque a batalha
continua. Mas vamos vencer!
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