JM
Cunha Santos
Quando
Bolsonaro morrer, se ele morrer, ainda ficará a dúvida se ele morreu ou não,
tantas são as farsas que cercam esse governo. Eu, por mim, não tenho certeza de
nada. Não sei se aquela facada foi com faca de corte ou de material plástico;
não sei se os primeiros testes que fez para o coronavírus e que deram negativos
foram feitos no corpo dele ou não; não sei se o “Anjo”, Frederick Wassef foi
seu advogado ou apenas advogado do diabo; não sei se sua família teve
envolvimento ou não no caso Marielle; não sei quais são suas reais ligações e
de seus rebentos com o “Escritório do Crime”, embora saiba que bandidos do “escritório”
trabalharam para seus filhos. Nem mesmo sei se a existência dele é real ou é
alguma fake news produzida no Gabinete do Ódio. E, como eu, creio que ninguém
mais sabe de nada.
Agora,
quando ele jura por Deus que está com a covid-19, fico também na dúvida se fala
a verdade ou se está apenas atrás de uma comoção nacional que sirva de anteparo
ao retumbante fracasso do seu governo. Fracasso na economia, fracasso no
combate à pandemia, fracasso no combate ao desmatamento e aos incêndios na
Amazônia. Fracasso em tudo. Não consegue nem nomear ninguém para os ministérios
da Educação e da Saúde, molas principais do desenvolvimento de qualquer Nação.
Nem está mais pagando o Olavo de Carvalho em dias para bufar sua filosofia de
necrotério.
Por
isso imagino que, se de fato ele morrer, serão necessários pelo menos uns 5
atestados de óbito para que a gente aqui tenha a certeza de que a passagem para
um outro plano realmente aconteceu, se é que existe algum plano em que ele seja
aceito. Talvez o corpo precise ser levado aos Estados Unidos para que Donald
Trump, debulhado em lágrimas, confirme: “É ele. É ele mesmo. É o único amigo
que me restava no planeta, o meu nazista, o meu xenófobo, meu principal projeto
de ditador para a América do Sul. Oh Deus, onde foi que a cloroquina falhou?
Bom,
por aqui o reconhecimento será muito difícil, façam lá quantas autopsias
fizerem. Sempre poderão achar que é o Weintraub querendo assustar os chineses,
ou o Ernesto Araújo, disfarçado de defunto, tentando se mudar para Jerusalém,
ou o Sérgio Moro querendo entrar para o FBI, ou o Sérgio Camargo em busca de
uma vaga de feitor na Guiné Bissau, ou a Damares Alves reclamando da existência
de Deus de cima de uma goiabeira. Podem pensar até que é a Sara Winter usando
máscara da Ku KLux Khan contra a covid-19.
O
fato é que talvez tenha que se apelar à própria Organização Mundial de Saúde
até confiar no laudo cadavérico. A não ser que alguém tenha a ideia de confirmar
a notícia diretamente com o Hélio Schwartsman. E aí sim, poderemos acreditar
que, de fato, o homem morreu.
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