quarta-feira, 8 de julho de 2020

Quando Bolsonaro morrer, ninguém vai ter certeza se ele morreu ou não


JM Cunha Santos


Quando Bolsonaro morrer, se ele morrer, ainda ficará a dúvida se ele morreu ou não, tantas são as farsas que cercam esse governo. Eu, por mim, não tenho certeza de nada. Não sei se aquela facada foi com faca de corte ou de material plástico; não sei se os primeiros testes que fez para o coronavírus e que deram negativos foram feitos no corpo dele ou não; não sei se o “Anjo”, Frederick Wassef foi seu advogado ou apenas advogado do diabo; não sei se sua família teve envolvimento ou não no caso Marielle; não sei quais são suas reais ligações e de seus rebentos com o “Escritório do Crime”, embora saiba que bandidos do “escritório” trabalharam para seus filhos. Nem mesmo sei se a existência dele é real ou é alguma fake news produzida no Gabinete do Ódio. E, como eu, creio que ninguém mais sabe de nada.
Agora, quando ele jura por Deus que está com a covid-19, fico também na dúvida se fala a verdade ou se está apenas atrás de uma comoção nacional que sirva de anteparo ao retumbante fracasso do seu governo. Fracasso na economia, fracasso no combate à pandemia, fracasso no combate ao desmatamento e aos incêndios na Amazônia. Fracasso em tudo. Não consegue nem nomear ninguém para os ministérios da Educação e da Saúde, molas principais do desenvolvimento de qualquer Nação. Nem está mais pagando o Olavo de Carvalho em dias para bufar sua filosofia de necrotério.
Por isso imagino que, se de fato ele morrer, serão necessários pelo menos uns 5 atestados de óbito para que a gente aqui tenha a certeza de que a passagem para um outro plano realmente aconteceu, se é que existe algum plano em que ele seja aceito. Talvez o corpo precise ser levado aos Estados Unidos para que Donald Trump, debulhado em lágrimas, confirme: “É ele. É ele mesmo. É o único amigo que me restava no planeta, o meu nazista, o meu xenófobo, meu principal projeto de ditador para a América do Sul. Oh Deus, onde foi que a cloroquina falhou?
Bom, por aqui o reconhecimento será muito difícil, façam lá quantas autopsias fizerem. Sempre poderão achar que é o Weintraub querendo assustar os chineses, ou o Ernesto Araújo, disfarçado de defunto, tentando se mudar para Jerusalém, ou o Sérgio Moro querendo entrar para o FBI, ou o Sérgio Camargo em busca de uma vaga de feitor na Guiné Bissau, ou a Damares Alves reclamando da existência de Deus de cima de uma goiabeira. Podem pensar até que é a Sara Winter usando máscara da Ku KLux Khan contra a covid-19.
O fato é que talvez tenha que se apelar à própria Organização Mundial de Saúde até confiar no laudo cadavérico. A não ser que alguém tenha a ideia de confirmar a notícia diretamente com o Hélio Schwartsman. E aí sim, poderemos acreditar que, de fato, o homem morreu.  

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