quarta-feira, 28 de abril de 2021

Ele quer matar todos nós: governo Bolsonaro já recusou ofertas de vacinas 11 vezes

Fatos vêm à tona no momento em que o governo recusa também a Sputnik V e faltam vacinas para a segunda dose em diversos estados. Nenhum brasileiro pode dormir tranquilo enquanto Bolsonaro permanecer na Presidência da República.

JM Cunha Santos


Repito: nenhum brasileiro vai poder dormir em paz enquanto Jair Bolsonaro for presidente do Brasil. Com a recente negação da Sputnik V, já são 11 vezes que o governo recusa ofertas de vacinas para o país, conforme denúncias que já chegaram à CPI da Pandemia e matéria do Portal G1, assinada pelo jornalista Octavio Guedes.

Somente a Coronavac foi rejeitada seis vezes. Em três delas, a iniciativa de oferta partiu do diretor do Instituto Butantan, Bruno Covas. As duas primeiras, em 30 de julho e 18 de agosto, simplesmente ficaram sem respostas. A proposta de compra da vacina foi entregue, inclusive, em mãos do próprio ministro da Saúde, Eduardo Pazuello e o Butantan promoveu palestras e conferências sobre a Coronavac. Nem assim houve resposta positiva do governo brasileiro.

O próprio Jair Bolsonaro negaria, por duas vezes, a participação do Brasil no Covax Facility, consórcio liderado pela Organização Mundial de Saúde para que todos os países tivessem acesso a vacinas de forma justa e igualitária independente de suas condições financeiras. Era abril de 2020 e o consórcio oferecia um portfólio de 8 vacinas diferentes, mas o Brasil não assinou.

Vem em seguida os casos das vacinas da farmacêutica Pfizer e da Janssen. Depois de o Brasil ter recusado uma oferta de 70 milhões de vacinas da Pfizer, o ex-ministro Eduardo Pazuello afirmou ter assinado contratos para aquisição de 100 milhões de vacinas da Pfizer e 38 milhões de vacinas da Janssen. Era mentira.

E vem agora o estranhíssimo caso da vacina Sputnik V, a segunda mais aprovada por órgãos sanitários no mundo e com 97,6 % de eficácia, segundo dados de 3,8 milhões de russos que tomaram a vacina. Quando o Consórcio de Governadores do Nordeste e o Consórcio de Governadores da Amazônia estavam a ponto de adquirir 37 milhões de doses da Sputnik V, mais uma vez o governo Bolsonaro, desta feita através da Anvisa, recusa, comemorando, com uma placa nas mãos do próprio presidente da República que diz “CPF CANCELADO”, os 400 mil mortos da covid-19 no Brasil.

E para fechar o cerco de ameaças do governo à vacinação dos brasileiros, o ministro Paulo Guedes, seguindo o extenso calendário de insultos do ex-ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo ao povo chinês e do próprio Jair Bolsonaro, acaba de afirmar que “A China inventou o vírus da covid-19”. E recebemos do diplomata chinês Yang Waming a resposta de que ATÉ O MOMENTO, a China é o principal fornecedor de vacinas e insumos ao Brasil, 95 % do total, e que a Coronavac representa 84 % das vacinas aplicadas no Brasil. ATÉ O MOMENTO significa simplesmente que o Brasil pode ficar sem a vacina chinesa e sem os insumos que garantem sua produção aqui no país.

Eu quase suspeito de que não se trata de simples burrice ou “canelagem” ideológica, de que há um plano elaborado para que morra o maior número possível de vítimas dessa doença no Brasil.   

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