Motel
JM Cunha Santos
o mênstruo da aurora em tom vermelho
repete-me abatido na vidraça
minha imagem em dó, ré, mi, coalha no espelho
o sol, lavando o resto, vê e passa
é a manhã, rebento do meu sono, afoito
me mudo para a lâmpada que, acesa,
crava minha sombra sobre a mesa
caneta e eu, poema, eterno coito
saudades dela em mim como estrias
na pele. E como é dura removê-Ias
devassos nós dormimos quando é dia
que às noites, como cães lassos de orgia
se ela faz suruba com as estrelas
eu vivo em coito anal com a poesia
Ludicamente erótico. Poema forte nunca deixa o poeta sem sorte... Será um enorme prazer segui-lo!
ResponderExcluirAbraço
Samantha Beduschi
Ou melhor:
ResponderExcluirCoito com poema forte
Nunca deixa o poeta afoito
Sem sorte...